Aneurisma cerebral: um risco silencioso que exige atenção

O aneurisma cerebral é uma condição de saúde grave e muitas vezes silenciosa, caracterizada pela dilatação anormal de uma artéria no cérebro, formando uma espécie de “bolha” ou “bolsa”. Essa estrutura enfraquecida nas paredes dos vasos sanguíneos pode se romper a qualquer momento, provocando uma hemorragia cerebral com alto risco de morte ou sequelas neurológicas permanentes.

Embora nem todos os aneurismas se rompam, seu diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações. Especialistas alertam que a hipertensão arterial (pressão alta) e o tabagismo são os principais fatores de risco. Além disso, doenças como diabetes, colesterol elevado e histórico familiar de aneurisma cerebral também aumentam a probabilidade de desenvolvimento dessa condição.

Fatores de risco: quem deve ficar atento

Entre os principais fatores associados ao surgimento de aneurismas cerebrais estão:

  • Hipertensão arterial: o aumento constante da pressão pode enfraquecer as paredes dos vasos sanguíneos.
  • Tabagismo: as substâncias presentes no cigarro danificam os vasos sanguíneos e aumentam a inflamação.
  • Histórico familiar: pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram aneurisma têm risco aumentado.
  • Doenças crônicas: diabetes e dislipidemias (colesterol alto) contribuem para a degeneração vascular.
  • Sexo e idade: mulheres acima dos 40 anos têm maior incidência, embora a condição possa afetar pessoas de qualquer idade.

Sintomas: sinais de alerta que não devem ser ignorados

Um dos grandes desafios no combate ao aneurisma cerebral é que, na maioria dos casos, ele se desenvolve sem causar sintomas até que haja um crescimento significativo ou a ruptura. No entanto, há sinais que merecem atenção:

  • Dor de cabeça súbita e intensa (frequentemente descrita como “a pior dor de cabeça da vida”);
  • Alterações visuais, como visão dupla, embaçada ou queda da pálpebra;
  • Dor ao redor ou atrás dos olhos;
  • Fraqueza ou dormência em um lado do rosto ou do corpo;
  • Dificuldades para falar ou compreender palavras.

A ruptura do aneurisma provoca um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Nesses casos, os sintomas são mais dramáticos e incluem:

  • Perda súbita de consciência;
  • Convulsões;
  • Náuseas e vômitos;
  • Rigidez no pescoço;
  • Confusão mental ou coma.

A ruptura pode ser fatal em cerca de 30% dos casos, mesmo com atendimento médico rápido.

Diagnóstico e prevenção: exames que salvam vidas

Para pessoas com histórico familiar ou fatores de risco, a realização de exames de imagem é altamente recomendada, mesmo na ausência de sintomas. Os principais métodos diagnósticos são:

  • Angiografia cerebral;
  • Ressonância magnética com angiorressonância;
  • Tomografia computadorizada com contraste.

A detecção precoce permite monitoramento ou intervenção cirúrgica preventiva, como o clipping (colocação de um clipe na base do aneurisma) ou a embolização endovascular (uso de um cateter para inserir espirais que bloqueiam o aneurisma).

Importância da informação e do acompanhamento médico

A conscientização sobre o aneurisma cerebral é essencial para reduzir o número de casos fatais. Estar atento aos sintomas, manter hábitos saudáveis e realizar exames periódicos são atitudes que fazem a diferença.

Evitar o cigarro, controlar a pressão arterial, manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas são medidas preventivas eficazes não só contra o aneurisma, mas contra diversas doenças cardiovasculares.

Em caso de suspeita, procure imediatamente um neurologista ou vá a um pronto-socorro. Quando o assunto é aneurisma cerebral, tempo é vida.

Edição: Clique PI – Imagem: Freepik

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