Bebê de um ano é estuprada pelo primo da mãe dentro de casa em Teresina

Uma bebê de apenas um ano foi vítima de estupro dentro de casa no bairro Morada Nova, zona Sul de Teresina, na noite da última quarta-feira (30). O crime chocante foi flagrado pela própria mãe, que encontrou o primo, de 21 anos, violentando sexualmente a criança.

Segundo informações, a mãe havia acordado durante a noite e, ao ir até a cozinha, se deparou com a cena. Ela imediatamente retirou a filha do local e seguiu para a Central de Flagrantes de Teresina, onde formalizou a denúncia. Ao retornar com a polícia para buscar documentos na residência, o suspeito ainda estava no imóvel e foi preso em flagrante.

O Conselho Tutelar foi acionado e exames médicos confirmaram a violência sexual sofrida pela bebê. Por determinação das autoridades, a criança foi encaminhada para a Casa de Abrigo Reencontro, onde recebe acompanhamento especializado.

O pai da criança, que preferiu não se identificar, desabafou em entrevista à TV Cidade Verde:

“A gente nunca imaginou que isso viria dele. Sempre que a mãe saía para trabalhar, a criança ficava com ele. No dia, ela me ligou pedindo dinheiro para comprar remédio, porque a bebê estava com fezes com sangue. À noite veio a notícia. A mãe passou pela cozinha e pegou ele no ato. É uma revolta muito grande. A gente pensa até em fazer justiça com as próprias mãos, mas esperamos que a Justiça tome providências.”


Um crime que se repete: abuso sexual infantil dentro da própria família

Infelizmente, casos como este não são isolados. Segundo dados do Ministério dos Direitos Humanos e da Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, a maioria das violências sexuais contra crianças ocorre dentro de casa e é praticada por pessoas conhecidas ou da própria família — pais, padrastos, tios, primos, avós.

O Disque 100, canal de denúncias do governo federal, registra anualmente milhares de casos de abuso sexual infantojuvenil, com um padrão que se repete: a confiança do agressor, a vulnerabilidade da vítima e o silêncio forçado pelo medo ou pela dependência emocional e financeira. Especialistas alertam que, muitas vezes, os sinais físicos e emocionais da violência podem ser sutis, exigindo atenção constante de cuidadores, educadores e profissionais de saúde.

Além disso, o abuso sexual na infância gera marcas profundas e de longo prazo, afetando o desenvolvimento emocional, escolar e social da vítima. O acompanhamento psicológico especializado e a rede de proteção social são fundamentais para a recuperação das crianças.


Canais para denunciar abuso sexual infantil:

  • Disque 100
  • Polícia Militar: 190
  • Polícia Rodoviária Federal: 191
  • Conselho Tutelar mais próximo
  • Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA)
  • Centros Integrados de Atendimento a Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência
  • Delegacias em geral
  • Central de Flagrantes

O combate à violência sexual infantil é responsabilidade de toda a sociedade. Denunciar salva vidas.

Texto e edição: Redação Clique PI – Imagem: Freepik/jcomp

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