Bolsonaro convoca ato em Copacabana enquanto enfrenta possível denúncia da PGR

O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou seus apoiadores para um ato no dia 16 de março, na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. Em um vídeo publicado nesta segunda-feira (17), Bolsonaro afirmou que estará presente ao lado do pastor Silas Malafaia e outras lideranças. O protesto tem como pautas declaradas a liberdade de expressão, segurança pública, custo de vida, além de defender a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e a campanha “Fora Lula 2026”.

A mobilização acontece em um momento delicado para o ex-presidente, que pode ser denunciado em breve pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. Em novembro do ano passado, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 39 pessoas por envolvimento no plano, incluindo ex-auxiliares próximos e militares de alta patente. Caso a denúncia avance, cresce a possibilidade de um pedido de prisão do ex-presidente.

Além dessa investigação, Bolsonaro já foi indiciado em outros dois processos: o da fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19 e o das joias sauditas. Seu entorno político acompanha com apreensão os desdobramentos do caso.

Anistia e mudanças na Lei da Ficha Limpa

No Congresso, aliados de Bolsonaro tentam articular a aprovação de um projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Apesar de a Polícia Federal ter concluído que o ex-presidente chefiou o plano, ele e seus apoiadores negam a existência de uma tentativa de golpe. O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), já indicou que pode facilitar a tramitação do projeto, caso haja apoio suficiente no Parlamento. O governo, por sua vez, considera prioritário barrar qualquer avanço nessa pauta.

Outro tema de interesse do ex-presidente é a possível alteração da Lei da Ficha Limpa. Com duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bolsonaro está inelegível para disputar eleições até 2030. No entanto, a direita estuda caminhos para reverter essa situação por meio de mudanças na legislação eleitoral, permitindo que o ex-presidente concorra em 2026.

O cenário político segue tenso, com Bolsonaro buscando mobilizar sua base enquanto enfrenta um cerco jurídico que pode impactar diretamente seu futuro político.

Fonte IA – Com informações CB – Imagem: X

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