Caso Tatiana Medeiros – Juiz mantém prisão de vereadora investigada pela PF por compra de votos

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB), alvo de investigação da Polícia Federal por suspeita de compra de votos e financiamento ilegal de campanha nas eleições de 2024, continuará presa preventivamente por ordem do Judiciário. A decisão foi proferida nesta quinta-feira (10) pelo juiz Luís Henrique Moreira Rêgo, do 1º Juízo das Garantias do Núcleo I, que indeferiu o pedido de revogação apresentado pela defesa.

Detida desde o dia 4 de abril, após audiência de custódia, a parlamentar permanece recolhida no Quartel do Comando-Geral da Polícia Militar do Piauí (QCG), em Teresina. Na ocasião, os advogados solicitaram sua soltura, argumentando pela adoção de medidas cautelares alternativas à prisão, mas o juiz entendeu que a liberdade da investigada poderia comprometer o curso das investigações.

“Medidas menos gravosas não são suficientes para garantir a ordem pública nem a aplicação da lei penal”, destacou o magistrado em sua decisão, reforçando que a prisão é a única medida eficaz diante da gravidade das condutas atribuídas à vereadora.

Apesar de os crimes investigados não envolverem violência física, o juiz enfatizou que isso não diminui a gravidade dos atos. “A ausência de violência ou grave ameaça não afasta o elevado grau de reprovabilidade das condutas sob apuração”, pontuou o juiz, afastando a possibilidade de que Tatiana responda ao processo em liberdade.

Tatiana, que também atua como advogada, teve garantido o acompanhamento do processo pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Piauí (OAB-PI), através da Procuradoria de Defesa das Prerrogativas. A autorização foi concedida mesmo com parecer contrário do Ministério Público Eleitoral, que considerou não haver vínculo entre os fatos investigados e o exercício da advocacia.

A defesa da vereadora, agora composta por novos advogados habilitados no processo, tenta reverter a prisão no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI). Um pedido de habeas corpus será analisado na próxima sessão plenária da Corte, marcada para segunda-feira (14). Os advogados sustentam que Tatiana é ré primária, possui endereço fixo em Teresina e não representa risco às investigações ou às testemunhas, classificando a prisão como medida desproporcional.

Enquanto isso, a vereadora segue custodiada, aguardando os próximos desdobramentos da operação que investiga o uso de recursos ilícitos no pleito municipal.

Edição Clique PI – Imagem: Reprodução

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