O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que, se as eleições presidenciais fossem realizadas hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria chances de vencer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita durante participação no programa CNN Entrevistas.
Ao ser questionado sobre uma possível vitória de Lula contra Bolsonaro, Nogueira destacou que a alta rejeição do governo petista, atualmente em 49%, inviabilizaria uma reeleição do presidente.
“Como é que um homem que está com 49% de rejeição pode ganhar uma eleição, gente? Isso não existe. Isso é inviável”, declarou o senador, enfatizando que o cenário político atual não favorece uma nova candidatura de Lula.
Ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro e ex-aliado de Lula em seus dois primeiros mandatos, Ciro Nogueira afirmou que, diante do atual contexto, o petista não arriscaria concorrer para evitar uma derrota.
“O Lula hoje, se tivesse uma eleição, ele não seria candidato. Ele sabe disso. Não vai manchar a sua história com a derrota no seu último mandato”, completou.
Para Nogueira, a única possibilidade de Lula viabilizar uma nova candidatura seria uma recuperação expressiva da economia, o que, segundo ele, não está no radar das previsões.
Bolsonaro e a inelegibilidade
O senador também abordou a situação de Jair Bolsonaro, afirmando que vê mais chances de o ex-presidente reverter sua inelegibilidade. Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político devido à realização de uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada e pelos eventos do Bicentenário da Independência, ocorridos às vésperas da eleição de 2022. Como consequência, ele foi declarado inelegível por oito anos.
“Antigamente eu achava que beirava o impossível, hoje acho que é difícil, mas nós vamos lutar. Eu mesmo tenho um projeto que anistia o presidente, mas hoje eu não acho mais impossível”, declarou Nogueira.
Ele ressaltou que Bolsonaro acredita na possibilidade de reverter a condenação e que, caso isso não ocorra, o grupo político do ex-presidente buscará alternativas.
“Se isso não ocorrer, nós vamos buscar alternativas, mas a decisão será dele”, concluiu o presidente do PP.
IA – Com informações CNN – Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil