O corpo do Papa Francisco passou por um processo de embalsamamento moderno para possibilitar o velório público que acontece ao longo desta semana na Basílica de São Pedro, no Vaticano. O funeral está marcado para o sábado, 26 de abril de 2025.
Preservação e respeito às tradições
Essa técnica de preservação, adotada pelo Vaticano desde 1914 com o Papa Pio X, consiste na substituição do sangue por uma solução química que desinfeta o corpo internamente e retarda a decomposição natural. O procedimento é feito por meio da drenagem do sangue pelas veias do pescoço, seguido da aplicação de uma solução composta por formol, álcool, água e corantes — uma espécie de “transfusão inversa”.
Além de seu efeito preservativo, o embalsamamento moderno também inclui cuidados estéticos para manter uma aparência serena, permitindo que os fiéis se despeçam com dignidade e reverência.
Velório e funeral
O velório de Francisco começou logo após sua morte, na madrugada de segunda-feira, 21 de abril, aos 88 anos, em sua residência na Domus Sanctae Marthae. A cerimônia fúnebre se estenderá até sexta-feira, 25 de abril, culminando no funeral no dia seguinte. Para garantir que o corpo permaneça preservado durante todos esses dias, o embalsamamento foi considerado essencial.
Segundo o atestado de óbito, assinado pelo professor Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano, o Papa faleceu em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC), que causou uma parada cardiorrespiratória irreversível.
Último desejo: simplicidade
Fiel ao seu estilo de vida e pontificado, o Papa Francisco expressou o desejo de um funeral simples. Ele será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, em uma tumba discreta ao lado do ícone da Virgem Salus Populi Romani, pela qual sempre demonstrou grande devoção.
Edição Clique PI – Imagem: Vaticano