Dor e Esperança: Mãe é chamada ao IML após corpo ser encontrado em Teresina e teme ser do filho desaparecido

Valdirene Silva vive o que nenhuma mãe deveria enfrentar: a angústia de procurar o filho desaparecido e, dias depois, ser chamada ao Instituto Médico Legal (IML). Na manhã desta quinta-feira (5), ela levou a identidade do adolescente Carlos Alexandre Pereira de Sousa, de 14 anos, além de uma Bíblia, até o IML de Teresina, após a polícia encontrar um corpo não identificado na zona Sul da capital.

 Reprodução | TV Meio

O corpo foi localizado na tarde de quarta-feira (4), em uma área de matagal na Estrada da Alegria, próximo a uma casa abandonada. Apesar de ainda não haver confirmação oficial, Valdirene acredita que se trata do filho. “Eu tive a confirmação no meu coração. Ele usava uma pulseira na perna. É meu filho, o Alexandre. Estou sentindo uma dor que não tem explicação, mas eu preciso ser forte. Não coloquei meu filho no mundo para ele sofrer desse jeito”, disse, emocionada.

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Carlos Alexandre está desaparecido desde o dia 26 de maio. Ele foi visto pela última vez por volta das 22h, na região da Vila da Guia, zona Sudeste de Teresina, acompanhado da namorada. Segundo familiares, quatro homens armados abordaram o jovem e o forçaram a entrar em um carro. A garota que estava com ele não foi levada.

Desde então, nenhuma informação concreta sobre seu paradeiro foi obtida. Os restos mortais encontrados estavam em avançado estado de decomposição, com partes separadas do corpo, o que dificulta a identificação imediata. Apenas a perícia poderá confirmar se o corpo pertence ao adolescente.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e pela Divisão de Desaparecidos do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

FAMÍLIA NEGA LIGAÇÃO COM FACÇÕES

Diante de especulações sobre envolvimento com o crime organizado, a família de Carlos Alexandre nega qualquer ligação do jovem com facções. Moradores da Vila da Guia, os parentes afirmam que o garoto era tranquilo, sem histórico de envolvimento com atividades ilícitas. Também reforçaram que não receberam mensagens de resgate ou qualquer contato de supostos sequestradores.

“Não houve ameaça, nem pedido de dinheiro. Só o silêncio e o desespero”, relatou um parente.

Em um apelo à população, Valdirene clama por ajuda e solidariedade. “Tenho fé que meu filho ainda possa aparecer. Mas, se alguém souber de alguma coisa, qualquer informação, por favor, me diga. Não estou conseguindo trabalhar, deixei meu bico de lado. Hoje mesmo, estou sem nada para comer em casa”, desabafou.

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