A Casa Civil negou, nesta sexta-feira (7), que o governo esteja estudando um reajuste no Bolsa Família, contrariando declaração que teria sido dada pelo ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Em nota enviada à imprensa, a pasta afirmou que o tema não está na pauta e não será discutido.
“A Casa Civil da Presidência da República informa que não existe estudo no governo sobre o aumento do valor do benefício do Bolsa Família. Esse tema não está na pauta do governo e não será discutido”, destacou a Casa Civil em comunicado oficial.
A declaração oficial veio após notícia publlicada pela agência Deutsche Welle afirmando que um possível reajuste do Bolsa Família estava sendo analisado, conforme informação de Wellington Dias.
O ministro também divulgou nota sobre o assunto:
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, esclarece que não há nenhum estudo em andamento sobre o aumento do valor do benefício do Bolsa Família e nem agenda marcada para tratar do tema.
O trabalho do MDS continua focado em garantir a proteção social aos brasileiros e brasileiras em situação de vulnerabilidade, com o objetivo de superar a pobreza. Todas as ações deste Ministério são tomadas em conformidade com as diretrizes do Governo Federal, especialmente no que diz respeito à responsabilidade fiscal.
Assessoria de Comunicação – MDS
Mercado financeiro reage negativamente
A suposta declaração de Wellington Dias causou impacto no mercado financeiro, contribuindo para a alta do dólar, que fechou o dia em R$ 5,7936, com valorização de 0,52%. A Bolsa de Valores brasileira, a Ibovespa, registrou queda de 1,27%, em meio a um cenário de incertezas.
Além da repercussão negativa no mercado interno, houve pressão também por fatores externos, como os temores relacionados às tarifas comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos.
Um eventual aumento do Bolsa Família necessitaria de mudanças no Orçamento de 2025, resultando em maiores despesas para o governo. A possibilidade de aumento de gastos contraria o ajuste fiscal defendido por analistas financeiros e pelo mercado.
IA – Imagem: Marcelo Camargo
