Governo Lula discute alta nos alimentos, mas não chega a consenso sobre medidas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou nesta sexta-feira (28) uma reunião emergencial no Palácio do Planalto para tratar do aumento dos preços dos alimentos. O encontro contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, além dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. Também participou o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

A reunião, que não constava na agenda oficial, foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom). A alta nos preços preocupa o governo, principalmente pelo impacto direto no custo de vida da população e na popularidade do presidente Lula.

Sem consenso sobre medidas

As discussões sobre como conter a inflação dos alimentos já ocorrem desde o início do ano, mas o governo ainda não definiu uma estratégia concreta. Até o momento, a única ação anunciada foi a redução do imposto de importação para produtos que estejam mais baratos no exterior do que no mercado interno.

Durante a semana, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, se reuniu com representantes de setores do agronegócio, como os de açúcar, etanol, biodiesel e carnes. O ministro se posicionou contra medidas radicais, como a restrição de exportação de alimentos para priorizar o abastecimento interno. Publicamente, o governo tem negado qualquer intenção de intervenção desse tipo, posição que também é compartilhada pela equipe econômica.

A expectativa do governo é que uma safra recorde neste ano possa amenizar os impactos da inflação dos alimentos. No entanto, ainda não há consenso sobre políticas adicionais para controlar os preços no curto prazo.

Impacto na população

Entre os produtos que mais tiveram aumento nos últimos meses estão frutas, café e carnes. Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada na última terça-feira (25) revelou que mais de 90% das famílias brasileiras perceberam o aumento dos preços dos alimentos nas contas domésticas.

O estudo foi realizado em oito estados: Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia. O cenário acende um alerta para o governo, que busca alternativas para equilibrar a oferta de alimentos e conter a inflação sem comprometer o setor produtivo.

IA – Imagem: Marcelo Camargo

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