O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está organizando um ato simbólico em memória aos dois anos dos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A informação foi divulgada pela CNN e, segundo fontes, o presidente solicitou a presença de todos os ministros na cerimônia durante a última reunião ministerial do ano.
Embora a Secretaria de Comunicação da Presidência da República não tenha confirmado oficialmente o planejamento, também não negou a organização do evento.
No ano anterior, Lula realizou uma sessão solene denominada “Democracia Inabalada” para marcar o primeiro ano da invasão às sedes dos Três Poderes. O evento reuniu autoridades como os chefes dos Três Poderes, ministros, governadores e convidados no Salão Negro do Congresso Nacional.
Fatos relevantes em 2024 reacenderam as discussões em torno dos atos de 8 de janeiro, incluindo a finalização do inquérito conduzido pela Polícia Federal. Este inquérito apurou uma tentativa de golpe de Estado em 2022 e resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de ex-ministros de seu governo. Ademais, um atentado ocorrido em 13 de novembro, quando um homem disparou fogos de artifício contra o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), também contribuiu para o debate público sobre a necessidade de reforçar a defesa das instituições democráticas.
O ato simbólico proposto por Lula deve ocorrer em um momento de expectativa pela análise do Projeto de Lei da Anistia dos investigados e condenados pelos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. O PL é objeto de intensos debates no Congresso Nacional, dividindo opiniões entre aqueles que defendem o perdão como um gesto de reconciliação e os que acreditam que os responsáveis devem ser exemplarmente punidos.
A memória dos ataques às sedes dos Três Poderes continua a ser um tema central no debate político brasileiro, e o evento planejado pelo governo reflete o compromisso com a preservação da democracia. Mais detalhes sobre a cerimônia devem ser divulgados nos próximos dias.
IA – Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil