A distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente, é uma forma leve, porém duradoura, de depressão. Diferente da depressão clássica, que pode surgir de forma intensa e passageira, a distimia se estende por anos se não for tratada corretamente.
Segundo a Johns Hopkins Medicine, essa condição provoca um humor cronicamente deprimido, associado à perda de alegria e entusiasmo. Estima-se que entre 5 e 11 milhões de brasileiros convivam com esse transtorno, de acordo com a Abrata (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos).
Sintomas da distimia
O sintoma mais comum da distimia é o mau humor constante, o que pode levar à confusão com traços de personalidade e dificultar o diagnóstico. Outros sintomas incluem:
- Tristeza persistente
- Cansaço frequente e fadiga
- Dificuldade de concentração
- Sentimentos de inutilidade ou inadequação
- Insônia ou sono em excesso
- Apetite desregulado (em excesso ou falta)
- Baixa autoestima
- Reclamações frequentes
- Sensação de desesperança
- Dificuldade para tomar decisões
O que causa a distimia?
A explicação mais aceita hoje é o modelo de vulnerabilidade e estresse. Ou seja, a distimia surge da combinação entre uma predisposição individual (genética, traços de personalidade) e fatores externos estressantes (como perdas, traumas ou dificuldades crônicas).
Esses fatores afetam o funcionamento do cérebro, especialmente o sistema de neurotransmissores, provocando alterações que resultam nos sintomas depressivos.
Tratamento da distimia
A boa notícia é que a distimia tem tratamento. O uso de antidepressivos costuma ser eficaz, mas os melhores resultados aparecem quando há a combinação com psicoterapia.
Entre os métodos terapêuticos mais eficazes estão:
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
- Psicoterapia Interpessoal
Essas abordagens ajudam a pessoa a desenvolver estratégias para lidar com pensamentos negativos, melhorar a autoestima e enfrentar os desafios do dia a dia.
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