Em 2023, ocorreram no país 1,43 milhões de óbitos, registrados até o primeiro trimestre de 2024, uma redução de 5% em comparação ao ano anterior. A maior queda se deu no grupo de idosos de 80 anos ou mais de idade, com -7,9%, o que equivale a uma redução de 38.035 óbitos. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O grupo de idosos em geral (pessoas com 60 anos ou mais de idade) representou 71% dos óbitos registrados, o que corresponde a 1,01 milhão de mortes de pessoas idosas. Na comparação com 2022, observou-se uma queda de 5,7% (61.272 óbitos registrados a menos).
Klívia Brayner sinaliza a presença, ainda que residual, de óbitos em consequência da Covid-19. A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) somente em maio de 2023. “Podemos olhar para as informações do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS), e ver que grande parte da queda no número de óbitos está relacionada ao fim da pandemia. É uma queda muito importante, pois estamos retornando aos patamares pré-pandemia”. De acordo com o SIM, em 2023 houve uma queda de 55,7 mil óbitos classificados na categoria “Doenças por vírus de localização não especificada”, relacionados à Covid-19.
A redução do número de óbitos ocorreu em todas as grandes regiões e em 23 unidades da federação brasileiras. As maiores quedas do número de óbitos foram observadas nas regiões Sul (-8,0%) e Nordeste (-5,3%). A Região Norte registrou a menor queda relativa (-2,3%). Por unidades da federação, destacam-se quedas acima de 10% na Paraíba (-11,8%) e Rio Grande do Sul (-10,2%).
Em 2023, na comparação por sexo, ocorreram e foram registrados 783 mil óbitos masculinos e 646 mil femininos. A redução no número de óbitos masculinos em relação ao ano anterior foi de 4,9% e dos femininos de 5,2%. Em consequência, a razão de óbitos entre os sexos aumentou de 120,8 para 121,2 óbitos masculinos a cada 100 femininos.

Fonte: IBGE – Imagem: IA/Freepik