Uma pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira (11) revelou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem desempenho superior ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um eventual segundo turno contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2026.
No confronto entre Lula e Tarcísio, o petista aparece com 45,7% das intenções de voto, enquanto o governador paulista tem 44,7%. Já em um embate entre Lula e Bolsonaro, o atual presidente alcança 47,6%, enquanto o ex-mandatário registra 43,4%.
O levantamento foi realizado entre os dias 27 e 31 de janeiro, com 3.125 eleitores entrevistados por meio de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e um nível de confiança de 95%.
Outros cenários analisados
A pesquisa também explorou outros três cenários de disputa no segundo turno. Além de Tarcísio e Bolsonaro, foram analisados os desempenhos do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e do empresário Pablo Marçal (PRTB) contra Lula.
O levantamento traz indícios sobre o cenário político para 2026, indicando que Tarcísio de Freitas se consolida como um nome competitivo dentro da direita, podendo representar uma alternativa a Bolsonaro na corrida presidencial. A proximidade numérica entre os candidatos sugere que a disputa em 2026 promete ser acirrada e dependerá do desempenho dos postulantes ao longo dos próximos anos.
A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg é uma das primeiras a testar possíveis cenários para a próxima eleição presidencial, e os resultados podem influenciar estratégias de alianças e posicionamento dos principais nomes da direita brasileira.
Tarcísio de Freitas resiste à corrida presidencial
Mesmo apontado como o nome de oposição mais bem posicionado nessa pesquisa, o governador Tarcísio de Freitas segue resistente à ideia de disputar o Planalto na próxima eleição. Segundo aliados, ele prefere focar na reeleição ao governo paulista.
Fontes próximas ao governador afirmam que ele quer evitar ser o “novo Doria”, em referência ao ex-governador João Doria, que renunciou ao cargo para concorrer à Presidência em 2022, mas acabou fora da disputa após perder apoio dentro do PSDB. O temor de Tarcísio é que uma decisão precipitada comprometa sua trajetória política, especialmente se não houver condições favoráveis para uma candidatura nacional.
Apesar do bom desempenho nas pesquisas, o governador paulista só cogitaria entrar na disputa presidencial caso tivesse o apoio explícito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e um crescimento consistente nas sondagens eleitorais. Até o momento, a preferência segue sendo a permanência no Palácio dos Bandeirantes.
Outro fator que influencia no futuro político de Tarcísio é a presença de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e atual secretário de Governo de São Paulo. Segundo fontes, Kassab tem intenção de ser vice na chapa de Tarcísio em uma eventual reeleição. A boa relação entre ambos é destacada por aliados, que minimizam as diferenças entre Kassab e setores do PL, partido de Bolsonaro.
Com um cenário ainda indefinido para 2026, Tarcísio segue focado em sua gestão no estado de São Paulo, enquanto observa os desdobramentos do cenário político nacional e as movimentações de Bolsonaro e do PL.
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