O governador do Piauí, Rafael Fonteles, decretou estado de emergência zoossanitária em todo o território estadual por 180 dias. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (26), tem como objetivo reforçar as ações de vigilância e prevenção contra a gripe aviária H5N1 de alta patogenicidade, mesmo sem registros da doença no estado até o momento.

A decisão segue a orientação do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), que declarou emergência nacional em maio de 2023 após a detecção do vírus em aves silvestres no Brasil. A medida federal foi prorrogada por mais 180 dias em outubro de 2024, por meio da Portaria nº 727.

A influenza aviária representa uma ameaça tanto à avicultura quanto à saúde pública. O alerta se intensificou após a confirmação recente da doença em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, o que levou diversos estados a adotarem protocolos preventivos mais rígidos.

No Piauí, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapi) ficará responsável por implementar ações de monitoramento, controle e emitir normas complementares. O foco será a vigilância de aves silvestres, principalmente as marinhas, e a proteção de criações domésticas e comerciais.

Caso descartado em 2023

Em agosto de 2023, o estado investigou um possível caso de gripe aviária após a morte de uma andorinha doméstica em Teresina. Exames realizados por um laboratório federal especializado descartaram a presença do vírus H5N1.

Entenda a gripe aviária

A gripe aviária é uma infecção viral que afeta principalmente aves, como patos, galinhas e gansos. É transmitida pelo contato direto com aves infectadas, secreções contaminadas ou objetos usados em criações. Os subtipos H5 e H7 são os mais perigosos e podem causar surtos graves.

A Adapi orienta que qualquer mortalidade anormal de aves ou sinais clínicos suspeitos devem ser comunicados imediatamente às autoridades sanitárias, como medida essencial para evitar a propagação do vírus.