PM do Piauí intensifica combate à caça ilegal com ações de fiscalização e conscientização

A Polícia Militar do Piauí, por meio do Comando de Policiamento Ambiental (CPA), está reforçando suas ações de combate à caça ilegal em todo o estado. Em 2025, uma das principais metas das Companhias Ambientais é ampliar as atividades de conscientização voltadas à preservação da fauna e da flora.

Segundo o coronel Marcos Antonio, comandante do CPA, o trabalho educativo é fundamental para enfrentar a caça de animais silvestres. Ele destaca que, embora a prática tenha raízes históricas, quando era motivada pela necessidade de sobrevivência, atualmente representa uma séria ameaça às espécies nativas e aos ecossistemas.

Em 2024, o estado registrou 56 ocorrências relacionadas à caça ilegal, com a apreensão de quase 700 itens, incluindo armas de fogo, facas, armadilhas e outros instrumentos utilizados na atividade.

Os animais resgatados são devolvidos à natureza em áreas de preservação ambiental ou encaminhados a centros especializados, como os Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), mantidos pelo Ibama. Já os responsáveis pela caça ilegal são levados à delegacia, onde é lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), conforme a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998).

Nos casos que envolvem cães utilizados na caça, os animais são destinados a um fiel depositário, indicado no TCO, ou encaminhados a ONGs de proteção animal.

“O trabalho é realizado pelas Companhias Ambientais de São Raimundo Nonato, Uruçuí, Parnaíba e também aqui na capital, em parceria com outros órgãos responsáveis pela preservação do meio ambiente. Atuamos em diversos biomas — cerrado, semiárido e litoral — com o objetivo de coibir os crimes ambientais. Aqueles flagrados cometendo maus-tratos são conduzidos à Central de Flagrantes, enquanto os animais são levados a locais especializados ou soltos em reservas ambientais. O Cetas do Ibama, por exemplo, tem recebido muitos desses animais resgatados”, explica o coronel.

As Companhias Independentes de Policiamento Ambiental (CIPAs), instaladas no litoral e na região Sul do estado, contam com equipes formadas por policiais capacitados, incluindo biólogos, zoólogos, especialistas em educação ambiental e educadores sociais. Um exemplo é a cabo Lia Raquel, da 1ª CIPA de São Raimundo Nonato, que destaca o trabalho de sensibilização realizado pela unidade.

Segundo ela, a companhia tem promovido palestras em escolas e comunidades rurais, tratando da importância da preservação ambiental e dos impactos negativos da caça ilegal. Como resultado, o número de denúncias de crimes ambientais — dos mais variados tipos — tem crescido, refletindo uma maior conscientização da população.

“Temos investido em programas de conscientização, com ações educativas em escolas e comunidades, além de campanhas nas redes sociais e na mídia sobre temas como a caça, a piracema e práticas sustentáveis. Também estamos divulgando amplamente nosso canal de denúncias. Isso tem gerado um impacto muito positivo, com aumento nas denúncias de crimes ambientais”, afirma a cabo.

Somente nos últimos dias, a região registrou três ocorrências relevantes de caça ilegal: duas envolveram a apreensão de tatus na zona rural de Dom Inocêncio e outra resultou no resgate de 21 aves silvestres que estavam sendo mantidas em cativeiro em São Raimundo Nonato. Em 2025, o estado já contabiliza sete ocorrências desse tipo.

“As pessoas estão mais conscientes. As visitas às escolas e o trabalho de divulgação têm encorajado a população a denunciar. Como as denúncias são anônimas, isso garante a segurança de quem colabora com as autoridades. Estamos mostrando que esses são crimes ambientais, e esse esclarecimento tem sido essencial para incentivar novas denúncias”, conclui Lia Raquel.

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