Saiba o que é trombofilia: Influenciadora Maíra Cardi revela diagnóstico durante nova gravidez

A influenciadora Maíra Cardi, de 41 anos, compartilhou recentemente uma notícia que deixou seus seguidores atentos: ela foi diagnosticada com trombofilia, uma condição que aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos. A descoberta veio pouco depois de ela engravidar novamente, após sofrer uma perda gestacional no início deste ano.

Segundo Maíra, foi justamente a perda anterior que levou seu médico a investigar possíveis causas. “Assim que eu descobri a gravidez, meu médico falou: ‘Maíra, tem alguma coisa errada. Se você já tem dois filhos e nunca perdeu, e acabou de perder agora e engravidou de novo em um período tão curto, precisamos investigar.’ Foi então que ele pediu exames para trombofilia e o resultado deu positivo”, contou a influenciadora em suas redes sociais.

O diagnóstico causou preocupação imediata, especialmente porque uma babá que trabalhou com Maíra havia falecido em decorrência da mesma condição. No entanto, após se informar sobre a doença e os cuidados necessários, Maíra disse que se sentiu mais segura e preparada para enfrentar a gestação.

O que é trombofilia?

A trombofilia é uma predisposição do organismo a formar coágulos sanguíneos (trombos) de forma anormal. Em pessoas saudáveis, a coagulação é um processo essencial para estancar sangramentos. Porém, na trombofilia, o sangue pode coagular em locais e momentos inadequados, aumentando o risco de problemas graves, como:

  • Trombose venosa profunda (TVP) — formação de coágulos nas veias profundas, principalmente nas pernas;
  • Embolia pulmonar — quando um coágulo se desloca até os pulmões, podendo ser fatal;
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou infarto — se os coágulos bloquearem vasos sanguíneos do cérebro ou coração.

Trombofilia e gravidez: um risco silencioso

Durante a gravidez, o corpo feminino já passa naturalmente por alterações que aumentam a coagulação para proteger contra hemorragias no parto. Em mulheres com trombofilia, esse processo é intensificado, elevando o risco de:

  • Abortos espontâneos de repetição;
  • Pré-eclâmpsia (pressão alta grave na gravidez);
  • Restrição de crescimento fetal;
  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Parto prematuro.

O período pós-parto, principalmente os primeiros 40 dias, também é considerado crítico para quem tem trombofilia, pois o risco de trombose continua elevado.

Diagnóstico e tratamento

A trombofilia é diagnosticada por meio de exames de sangue específicos, indicados em casos de histórico pessoal ou familiar de trombose, abortos recorrentes, complicações na gravidez ou antecedentes de pré-eclâmpsia.

De acordo com a Dra. Graziela Canheo, especialista em reprodução humana da La Vita Clinic, a trombofilia não é uma sentença de que a gravidez terá complicações, desde que o tratamento correto seja seguido. “O tratamento geralmente inclui o uso de anticoagulantes como a heparina de baixo peso molecular e, em alguns casos, o ácido acetilsalicílico (AAS) em baixa dosagem. Essas medicações ajudam a manter a circulação sanguínea adequada e a prevenir a formação de coágulos, permitindo que a gestação transcorra de maneira segura”, explica.

Além da medicação, recomenda-se um acompanhamento pré-natal mais rigoroso, com exames de ultrassom frequentes para monitorar o crescimento do bebê e o funcionamento da placenta. Atividades físicas leves, como caminhadas, também podem ser indicadas para estimular a circulação sanguínea, sempre sob orientação médica.

Trombofilia hereditária x adquirida

Existem dois tipos principais de trombofilia:

  • Hereditária: causada por mutações genéticas, como a mutação do Fator V de Leiden ou da Protrombina G20210A.
  • Adquirida: desenvolvida ao longo da vida, por exemplo, na síndrome do anticorpo antifosfolípide (SAF), uma condição autoimune.

Entender o tipo de trombofilia é importante para definir a estratégia de tratamento mais adequada.

Mensagem de esperança

Ao compartilhar sua história, Maíra Cardi reforçou a importância do diagnóstico precoce e do conhecimento sobre a doença. “Hoje eu estou muito tranquila. Sei que com o tratamento e o acompanhamento certo é possível ter uma gravidez saudável e segura”, disse a influenciadora.

O caso de Maíra chama atenção para a necessidade de investigar causas menos conhecidas de perdas gestacionais e reforça o alerta para a importância do pré-natal completo e especializado em gestantes de risco.

Edição: Redação Clique PI – Imagem: Freepik

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