Após dois meses detida, a vereadora Tatiana Medeiros (PSB) teve sua prisão convertida para o regime domiciliar nesta terça-feira (03), por decisão da juíza Júnia Maria Bezerra Feitosa Fialho, da 1ª Zona Eleitoral de Teresina. A parlamentar estava custodiada no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar, mas alegações de problemas graves de saúde mental motivaram a concessão da medida.
Decisão judicial impõe restrições rigorosas
A juíza determinou que Tatiana continue afastada do cargo público, utilize tornozeleira eletrônica e cumpra recolhimento domiciliar integral, com saídas autorizadas apenas para atendimentos médicos urgentes e previamente agendados. Entre as medidas cautelares estão:
- Proibição de acesso à internet, redes sociais e sistemas institucionais;
- Monitoramento eletrônico com reavaliação em três meses;
- Afastamento da função de vereadora durante o andamento do processo.
A decisão considerou laudos médicos que apontam transtorno depressivo grave com sintomas psicóticos e ideação suicida, além de atestar a fragilidade do estado de saúde da ré.
Casos de irregularidade durante custódia
Durante o período em que esteve presa, Tatiana Medeiros foi flagrada com um tablet e um celular escondidos na cela. A descoberta foi feita em inspeção da Polícia Militar, que encontrou os aparelhos em compartimentos improvisados. A situação agravou o caso da parlamentar, investigada por diversos crimes.
Acusações e processo em andamento
Tatiana responde a acusações como envolvimento com facção criminosa, corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e violação do sigilo de voto. A denúncia, recebida pela Justiça Eleitoral, também inclui seu companheiro Alandilson Passos e mais sete investigados.
A operação que levou à prisão da vereadora teve grande repercussão e trouxe à tona suspeitas de financiamento ilícito de campanha por grupos criminosos nas eleições de 2024.